Alma [latim: anima, do grego: anemos= sopro, emanação, ar] - É o ser imaterial, distinto e individual, unido ao corpo que lhe serve de invólucro temporário, isto é, o Espírito em estado de encarnação.
http://www.espirito.org.br/portal/doutrina/vocabulario/letra-a.html
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O vocábulo alma se emprega para exprimir coisas muito diferentes. Uns chamam alma ao princípio da vida e, nesta acepção, se pode com acerto dizer, figuradamente, que a alma é uma centelha anímica emanada do grande Todo. Estas últimas palavras indicam a fonte universal do principio vital de que cada ser absorve uma porção e que, após a morte, volta à massa donde saiu. Essa idéia de nenhum modo exclui a de um ser moral, distinto, independente da matéria e que conserva sua individualidade. A esse ser, igualmente, se dá o nome de alma e nesta acepção é que se pode dizer que a alma é um Espírito encarnado.
Dando da alma definições diversas, os Espíritos falaram de acordo com o modo por que aplicavam a palavra e com as idéias terrenas de que ainda estavam mais ou menos imbuídos. Isto resulta da deficiência da linguagem humana, que não dispõe de uma palavra para cada idéia, donde uma imensidade de equívocos e discussões. Eis por que os Espíritos superiores nos dizem que primeiro nos entendamos acerca das palavras.
[O Livro dos Espíritos q.139]
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Nem todos os Espíritos definem do mesmo modo a alma. Os Espíritos não se acham todos esclarecidos igualmente sobre estes assuntos. Há Espíritos de inteligência ainda limitada, que não compreendem as coisa abstratas. São como as crianças entre vós. Também há Espíritos pseudo-sábios, que fazem alarde de palavras, para se imporem, ainda como sucede entre vós. Depois, os próprios Espíritos esclarecidos podem exprimir-se em termos diferentes, cujo valor, entretanto, é, substancialmente, o mesmo, sobretudo quando se trata de coisas que a vossa linguagem se mostra impotente para traduzir com clareza. Recorrem então a figuras, a comparações, que tomais como realidade.
[O Livro dos Espíritos, q. 143]
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A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.
[SABEDORIA DO EVANGELHO - Carlos Torres Pastorino - Vol. 4 pág. 51 ]
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A alma não está, assim como se acredita geralmente, localizada em uma parte do corpo; ela forma com o perispírito um todo fluídico, penetrável, se assimilando ao corpo inteiro, com o qual ela constitui um ser complexo, do qual a morte não é, de alguma sorte, senão um desdobramento. Podem-se figurar dois corpos semelhantes, penetrados um pelo outro, confundidos durante a vida e separados depois da morte. Na morte, um é destruído e o outro permanece.
Durante a vida, a alma age mais especialmente sobre os órgãos do pensamento e do sentimento. Ela é, ao mesmo tempo, interna e externa, quer dizer, ela irradia externamente; pode mesmo se afastar do corpo, se transportar para longe e aí manifestar sua presença, como provam a observação e os fenômenos do sonambulismo.
Depois da existência da alma, esta questão é uma das mais capitais, porque da sua solução decorrem as mais importantes conseqüências; ela é a única chave possível de uma multidão de problemas insolúveis até hoje, por falta de a ter definido.
De duas coisas uma: ou a alma existe ou não existe antes da formação do corpo, sem que possa haver para isso um meio-termo.
Com a preexistência da alma tudo se explica lógica e naturalmente;
sem a preexistência, é mesmo impossível justificar certos dogmas da Igreja, e é essa impossibilidade de justificação que conduz tantas pessoas que raciocinam à incredulidade.
Os Espíritos resolveram a questão afirmativamente, e os fatos, tanto quanto a lógica, não podem deixar dúvida a esse respeito. Que não se admita, entretanto, a preexistência da alma senão a título de simples hipótese, se se quer, e se verá aplainar a maioria das dificuldades.
A alma é anterior, antes da sua união com o corpo tinha sua individualidade e a consciência de si mesma. Sem individualidade e sem consciência de si mesma, os resultados seriam os mesmos como se ela não existisse.
O progresso anterior da alma é, ao mesmo tempo, a conseqüência da observação dos fatos e do ensinamento dos Espíritos.
Deus criou as almas iguais, moral e intelectualmente. Se Deus tivesse feito almas mais perfeitas, umas que as outras, essa preferência não seria conciliável com a sua justiça. Sendo todas suas criaturas, por que isentaria umas do trabalho, que impõe às outras, para alcançarem a felicidade eterna? A desigualdade das almas, quanto à sua origem, seria a negação da justiça de Deus.
A diversidade de aptidões e de predisposições naturais que existem entre os homens sobre a Terra, é a conseqüência do progresso que a alma realizou antes da sua união com o corpo. As almas mais avançadas, em inteligência e em moralidade, são aquelas que viveram mais e progrediram mais antes da sua encarnação.
As almas são criadas simples e ignorantes, quer dizer, sem ciência e sem conhecimento do bem e do mal, mas com uma igual aptidão para tudo. No princípio, elas estão em uma espécie de infância, sem vontade própria, e sem consciência perfeita da sua existência. Pouco a pouco, o livre arbítrio se desenvolve ao mesmo tempo que as idéias. (O Livro dos Espíritos, nº 114 e seguintes).
O estudo dos diferentes graus de adiantamento do homem sobre a Terra prova que o progresso anterior da alma deve ter se realizado em uma série de existências corporais mais ou menos numerosas, segundo o grau que alcançou; a prova resulta da observação dos fatos que temos diariamente sob os olhos. (O Livro dos Espíritos, nºs 166 a 222 - Revista Espírita, abril 1862, pags. 97 - 106).
Allan Kardec
[O QUE É O ESPIRITISMO, de Allan Kardec - Paris, 1859 - Da Alma]
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A resposta a que Sócrates chegou é a de que o homem é a sua alma - psyché, por quanto é a sua alma que o distingue de qualquer outra coisa, dando-lhe, em virtude de sua história, uma personalidade única. E por psyché Sócrates entende nossa sede racional, inteligente e eticamente operante, ou ainda, a consciência e a personalidade intelectual e moral. Esta colocação de Sócrates acabou por exercer uma influência profunda em toda a tradição européia posterior, até hoje.
Ensinar o homem a cuidar de sua própria alma seria a principal tarefa a ser desempenhada por ele, Sócrates, e por todos os filósofos autênticos. Sócrates acreditava vivamente ter recebido essa tarefa por Deus, como podemos ler na Apologia de Sócrates, de Platão: "(...) é a ordem de Deus. E estou persuadido de que não há para vós maior bem na cidade que esta minha obediência a Deus. Na verdade, não é outra coisa o que faço nestas minhas andanças a não ser persuadir a vós, jovens e velhos, de que não deveis cuidar só do corpo, nem exclusivamente das riquezas, e nem de qualquer outra coisa antes e mais fortemente que da alma, de modo que ela se aperfeiçoe sempre, pois não é do acúmulo de riquezas que nasce a virtude, mas do aperfeiçoamento da alma é que nascem as riquezas e tudo o que mais importa ao homem e ao Estado."
http://geocities.yahoo.com.br/carlos.guimaraes/socrates.html
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Do site Homem, Espírito e Universo: http://www.guia.heu.nom.br/bibliografia.htm#[67]
Monday, January 02, 2006
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